FHC e a subserviência ao EUA


Conforme revelado pelo Wikileaks, coisa já conhecido por muitos de nós, FHC se mantêm como o representante de Washington no Brasil fazendo sempre o papel de leva e trás para o Deep State norte-americano. E busca de qualquer forma apoio para o então candidato à presidência pelo PSDB José Serra que abandonou o governo do estado de São Paulo mesmo tendo prometido que não o faria.

Instituto FHC e as relações Brasil x EUA

No intuito de garantir o apoio de Tio Sam para o então candidato à presidência pelo PSDB, o ex-presidente brasileiro aceitou o convite do ex-embaixador norte-americano no Brasil, o Sr. Clifford Sobel que serviu como embaixador entre os anos de 2006 à 2009. Esse convite  serviu para que ambos discutissem sobre a importante participação do Think Tank (IFHC) o instituto comandado por Cardoso, que reúne pensadores destacados do Brasil com a intenção de analisar questões ligadas às políticas públicas do país.

FHC tratou de deixar em evidência que Brasil e Estados devem estreitar ainda mais as suas relações, pois, existem muitos itens que possibilitam um maior aprofundamento das relações bi-laterais, como por exemplo os fatores energéticos (petróleo principalmente), biocombustíveis, mudança climática (Amazônia), combate ao narcotráfico, cooperação no G20, cooperação em defesa e novos esforços em segurança alimentar.

Mas, ressalta FHC, que somente com a saída de Lula da presidência esse bi-lateralismo poderá avançar, pois, Lula não possui o interesse em articular as reformas necessárias para que tais relações possam atingir novos patamares, já que nesse momento o Brasil está se tornando internacionalmente proeminente devido principalmente ao multilateralismo das relações internacionais praticado pelo governo petista.

JOSÉ SERRA E AS ELEIÇÕES DE 2010

O ex-presidente avaliava na época, que o candidato José Serra teria grandes chances de ganhar as eleições de 2010, mas precisa melhorar seu "currículo" nas questões internacionais, por isso, a necessidade de realizar várias viagens visando principalmente a Europa, China e EUA. E ainda, FHC estaria disposto a incentivar um encontro entre Serra e a cúpula do governo norte-americano, assim que Serra deixasse o governo do estado de São Paulo.

Para agradar ainda mais ao Tio Sam, FHC assegurava que Serra era muito menos simpático ao ex-presidente da Venezuela, o líder da Revolução Bolivariana Hugo Chávez. Para exemplificar esse argumento, Cardoso cita o discurso do ex-chanceler de seu próprio governo o embaixador Celso Lafer proferido no Senado brasileiro se posicionando de forma contrária à adesão da Venezuela ao Mercosul. Além do mais, a nota do governo norte-americano divulgada pelo Wikileaks destacava que Serra tinha passado pelo exílio no Chile, devido ao regime militar no Brasil, mas que também havia estudado e lecionado nas Universidades de Princeton e Cornell.

Cardoso não se furtou em dizer que o IFHC seria um aliado importante para estreitar as relações entre o ex-governador e os principais interlocutores dos EUA. Quanto será que custou para o Brasil esse serviço? 



 

     

     

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